As cem linguagens da Criança

A criança é feita
A
criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A
criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a
criança por sua vez repete: os cem existem!

Loris Malaguzzi (1996)

Educar é Tudo!

Olá Pessoal,

Estou postando alguns slides construídos e apresentados ao longo do curso. Os slides podem ser vistos a seguir, caso vocês tenham algum em seus arquivos favor postar, Beijos a todas!!!

Apresentação slide Fundamentos e Didática da Matemática I

Apresentação Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica IV

Apresentação Trabalho Estudos da Sociedade na Educação Infantil

Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica I

sábado, 13 de agosto de 2011

Plano de aula



Tema - Primeiro Reinado

Sub-temas: Revoltas Sociais e Regência
Ano- 5º
Duração - 4 aulas
Recursos didáticos- lousa, livro, filme, data-show, cartazes...

Objetivos:
Específicos:
  • Mostrar os principais acontecimentos históricos após 1822, bem como o início da construção do Estado Brasileiro por meio da monarquia autoritária e excludente de D Pedro I.
  • Discutir sobre a figura de D. Pedro I

Procedimental:
  • Ser consciente da importância da Constituição para um povo e identificar uma constituição outorgada de promulgada.
  • Compor resumo dos fatos mais relevantes no Primeiro Reinado contando os principais motivos que fizeram D. Pedro I abdicar.

Atitudinal:
  • Inteirar-se do tipo de governo feito por D. Pedro I;
  • Tirar conclusões referentes às revoltas sociais;
  • Assimilar o porquê do período regencial no Brasil;
  • Observar a evolução do desgaste político de D. Pedro I que resultou na abdicação.
Desenvolvimento: (três aulas)

  1. Antes de iniciar a explicação do tema, Primeiro Reinado, revisar a Independência do Brasil. Explicar aos alunos as diferenças existentes entre o regime adotado no Brasil, após a Independência, e o regime adotado no restante da América independente. Isto é, todos os países que proclamaram a independência na América transformaram-se em república, somente o Brasil continuou com regime monárquico e ainda foi chefiado pela mesma pessoa que seria herdeira um dia.
  2. Fazer um levantamento de hipóteses e dos conhecimentos prévios dos alunos, a fim de criar discussões, interesses e expectativas sobre o governo de D. Pedro I;
    Como será que foi o governo de D. Pedro?
    Será que foi um bom governante, o Imperador?
    Ele, quando jovem, era querido pela população? Será que este carisma continuou?
    Será que foi bom para o povo, um Brasil independente?

    3. Explicar aos alunos que;
  • Ainda não somos auto-suficientes em termos econômicos e que a propriedade de terra ainda não foi bem distribuída em nosso país, mas apesar disso, algumas mudanças importantes ocorreram ao longo dos anos.
  • A primeira Constituição Brasileira era a de Portugal e que esta constituição teve o caráter excludente e autoritário.
  • Existia o Poder Moderador exercido pelo Imperador. (Poder moderador dava plenos direitos ao Imperador de aceitar ou não qualquer lei votada pela Assembléia Constituinte.)
  • Esta constituição foi outorgada (Quando ela é imposta ao povo) e não foi promulgada (Quando é elaborada por uma Assembléia Constituinte escolhida pelo povo).
  • Nesta constituição, os pobres, escravos, mulheres e índios não tinham direitos, como também não votavam. A constituição quando é correta, deve atender as necessidades de um povo, deve conter os seus direitos e deveres.
Ressaltar que estes foram os principais fatores que levaram a perda da popularidade de D. Pedro I, responsável por ocasionar a abdicação do Imperador.

Atividade I:
Trabalho em grupo: formar grupos de trabalho, onde cada um irá pesquisar sobre uma das sete constituições brasileiras e anotar suas principais características em relação a:
  • Forma de governo e regime político;
  • Direitos políticos;
  • Direitos sociais;
  • Liberdade de expressão;
  • Relações de trabalho.
Pedir para organizarem um painel comparativo com os resultados da pesquisa, e orientá-los a organizarem um debate sobre os temas que foram pesquisados e comparados.
4. Explicar aos alunos sobre os principais motivos que causaram as revoltas ocorridas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país.
Comentar sobre o descontentamento dos brasileiros, que deu início ao movimento separatista denominado Confederação do Equador.
Atividades II:
Explorando a leitura complementar: ler e descrever as principais idéias contidas no Manifesto da Confederação do Equador e debater com os colegas. (Disponibilizar apostilas do Manifesto da Confederação do Equador. Citado em: DEL PRIORE, Mary et. Al. Documentos de História do Brasil de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997, p.45)
5. Comentar sobre seus erros e a situação econômica do país deixada pelo seu pai D. João VI ao deixar o Brasil. Relembrar a dívida com a Inglaterra, seu envolvimento na guerra contra a Argentina pela disputa do território do Uruguai, o que levou muitos jovens brasileiros a morrerem em campos de batalha.
Leva os alunos a perceberem os pontos positivos e negativos do governo de D Pedro I.

Atividade III:
Em equipe, pesquisar na biblioteca da escola sobre a Guerra da Cisplatina.
Concluída a pesquisa, os alunos deverão discutir entre si, para levantar os pontos que considerarem essenciais e elaborarem um vocabulário com as palavras mais difíceis.

Avaliação
Em equipe (o grupo será dividido em cinco equipes e o tema será sorteado), pesquisar as revoltas sociais, (Balaiada, Sabinada, Farroupilha, Cabanagem e revolta do Malês), onde aconteceram, suas causas e consequências
Para a próxima aula, cada equipe irá apresentar um resumo sobre a revolta pesquisada. Deverá ter ilustração, (cada equipe terá 5 minutos para apresentar).
Individualmente, escrever um resumo sobre o Primeiro Reinado contando os principais motivos que fizeram D. Pedro I abdicar.
Tempo restante fazer um breve comentário sobre o período regencial.










Plano de Aula
Tema- Segundo Reinado
Sub-temas: Imigrantes e Libertação dos Escravos
Ano-
Duração - 5 aulas
Recursos didáticos lousa, livro, data-show, filme, cartazes...
Objetivos
Específicos:
  • Destacar, de que maneira ocorreu a transição para o Segundo Reinado; a ascensão de Pedro de Alcântara ao poder; importância do café para a economia brasileira, o trabalho imigrante, até a abolição da escravatura, procurando mostrar aos alunos, quais eram os interesses das elites ao colocar no trono, por meio do Golpe da Maioridade, um menino que ainda não havia completado quinze anos.
  • Ressaltar o perigo que significaram as revoltas que ocorreram no Período Regencial para as elites do país, uma vez que havia a possibilidade de fragmentação territorial e ascensão política e econômica dos menos favorecidos.
  • Destacar as permanências históricas contidas no período do Segundo Império, enfatizando as continuidades em relação à escravidão e às péssimas condições de vida dos mais pobres.
    Procedimentais:
    • Confeccionar cartazes sobre imigração no Brasil.
    • Sensibilizar com o trabalho escravo.
    • Assistir o Filme: Mauá, o Imperador e o Rei
    Atitudinal:
    • Desenvolver a capacidade de análise e de interpretação de textos históricos;
    • Observar o cotidiano da sociedade brasileira, na segunda metade do século XIX;
    • Entender as pressões sociais e os conflitos que permearam todo o período do Segundo Reinado.
    • Observar a variedade de iniciativas de Mauá em setores que seriam considerados fundamentais para o país somente no século XX.
    • Observar os aspectos que fizeram com que o trabalho escravo fosse substituído pelo trabalho livre na cafeicultura.
      Desenvolvimento
      1ª aula
    1. Levantamento de hipóteses e levantamento dos conhecimentos prévios sobre o Segundo Reinado, questionando:
    Quem sabe como foi o Segundo Reinado?
    Pode um adolescente de 14 anos, governar um país? Discutir.
    Sabe quem foi o maior empreendedor que o Brasil teve?
    Pois o Segundo reinado foi governado por um jovem de 14 anos. Será que foi bom? Quanto tempo durou seu reinado?
    Será que ele foi melhor que seu pai?
    Mostrar a gravura do pai e do filho para tirar a dúvida, pois os alunos terminam trocando. Explicar que D. Pedro I morreu cedo, não existe foto dele idoso. Já o filho viveu muito e durante o seu reinado a fotografia era intensificada -1833 - e, por este motivo, D. Pedro II possui fotos diversas.

    2. Explicar aos alunos que a principal economia do Brasil, neste período, era o café. Procurando estabelecer uma relação entre o lucro obtido com a exportação e a modernização, a urbanização e o surgimento de indústrias na região Sudeste.
    • Ressaltar a importância do café brasileiro no mundo.
      • Mostrar o mapa do Brasil e região Sudeste.
      • Contar a história do Barão de Mauá.
      • Através do mapa, falar sobre a imigração no Brasil. Por que isto aconteceu?
      • Comentar que, nesse período, aconteceu a libertação dos escravos e que este foi um dos principais motivos para D. Pedro II perder o império.
      • Enumerar e explicar os aspectos que fizeram com que o trabalho escravo fosse substituído pelo trabalho livre na cafeicultura.
    Atividade: Pesquisar formas de escravidão ontem e hoje.
    Avaliação
    Pesquisar sobre os principais grupos de imigrantes que vieram para o Brasil. Um tema por equipe (italianos, japoneses, ucranianos, árabes e alemães) para apresentação na próxima aula. Confecção de cartazes.
    Individualmente fazer um resumo sobre o Segundo Reinado

    Aula seguinte (duas aulas)
    Apresentação das equipes 10 minutos para cada equipe. Fixar os cartazes em sala de aula.
    Vistar o resumo. Tirar dúvidas; Comentar sobre o filme (Mauá, o Imperador e o Rei) que irão assistir na próxima aula.
    Próxima aula (duas aulas)
    Assistir ao filme - Mauá, o Imperador e o Rei. (deixar claro para a turma que o filme representa um episódio histórico, mas não é a realidade).
Antes da exibição, distribuir um roteiro de perguntas que servirá para orientar os alunos:
  • Do que trata o filme?
  • Onde se desenvolve a maior parte das cenas?
  • Que cenas mostram conflitos? Qual a mensagem?
  • Pode-se pausar o filme para fazer algumas colocações necessárias.
  • Depois da exibição, realizar um debate, para que os alunos comparem a mesma história numa narrativa literária e no cinema.
  • Mostrar às turmas a cultura daquele tempo: ouvir e analisar a música erudita, a modinha e o lundu, levando em consideração o momento histórico.

Avaliação
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades, o desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas, as observações e intervenções do professor.
A auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
As várias atividades sugeridas nesse plano de aula vão permitir isso. O importante é ter claro quais são as expectativas de aprendizagem, considerando as competências e o ritmo de cada aluno.








Parecer do grupo

    A compreensão dos mecanismos de aprendizagem e construção de novos conhecimentos possibilita melhorar o trabalho do professor de História com relação ao uso de imagens filmíticas, recursos que estão presentes no cotidiano social e cuja instrumentalização, no processo de ensino, se faz cada vez mais necessária diante da premissa de que o bom trabalho educativo se dá a partir da compreensão do ambiente social e dos valores no qual os estudantes estão inseridos.
    Analisar um filme constitui sempre um desafio instigante, sobretudo um filme de cunho histórico. Para tanto o nosso grupo não se limitou apenas aos programas curriculares, pois na medida em que o trabalho desenvolvido na sala de aula envolveu a utilização de imagens e as representações inseridas em sua criação, ocorreu o processo de análise comparativa que foi desenvolvida a partir do confrontamento com os textos escritos sobre o tema, e a pesquisa sobre as formas de escravidão ontem e hoje, e assim, fizemos uso de recursos diversos, principalmente o da exibição de imagens filmíticas contextualizada com o tema que seria trabalhado. Por essas razões, escolhemos o filme Mauá – O Imperador e o Rei, que é um filme inspirador e expressa bem a realidade vigente naquela época. Apresenta uma abordagem completa que ajudou consideravelmente o desenvolvimento econômico do nosso país.
    Dessa forma, esperamos que este trabalho contribua no entendimento dos processos de construção de conhecimentos históricos em sala de aula, a partir do uso pela Didática da História, das imagens em movimento e da operação de mudanças em representações, além de eventuais permanências, incluindo nesse processo a questão da identidade ou auto-imagem dos indivíduos e de um povo.
    Trabalhar com filmes pode ser extremamente gratificante, pois invariavelmente os resultados alcançados superam as expectativas do professor.


MAUÁ, O IMPERADOR E O REI
TÍTULO DO FILME: MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (Brasil. 1999)
DIREÇÃO: Sérgio Resende

ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna: 134 min
RESUMO
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX. Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.

CONTEXTO HISTÓRICO
A aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano.
Nessa realidade, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana. Suas iniciativas (1846), começaram com a aquisição de um estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção naval.
No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a vapor, estradas de ferro, comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia. Suas iniciativas vanguardistas representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai, acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços reduzidos de suas empresas.

Referências:

ALVES, Alexandre, OLIVEIRA, de Letícia Fagundes, BORELLA, Regina Nogueira.- HISTÓRIA – projeto prosa- Ensino Fundamental 5º ano. Editora Saraiva- 1ª Edição Sâo Paulo 2008.
ALVES, Kátia Correia & BELISÁRIO, Gomide Regina Célia- DIÁLOGOS COM A HISTÓRIA – 5º ANO- Editora Dimensão – 1ª Edição Belo Horizonte 2003.
BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- História – ( 1ª a 4ª série)- MEC- Brasília 1997.
Módulo FTC-EAD – Licenciatura em Pedagogia – Fundamentos e Didática da História I.
NADAI, Elza & NEVES Joana- História do Brasil- da colônia à República- Editora Saraiva- 11ª Edição- 1988.
Revista Nova Escola – Ano 2010- Edição 232- Cinema na Escola.
Revista Nova Escola – Ano 2005- Edição 182- Filme na aula de História: diversão ou hora de aprender?
 

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