As cem linguagens da Criança

A criança é feita
A
criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A
criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a
criança por sua vez repete: os cem existem!

Loris Malaguzzi (1996)

Educar é Tudo!

Olá Pessoal,

Estou postando alguns slides construídos e apresentados ao longo do curso. Os slides podem ser vistos a seguir, caso vocês tenham algum em seus arquivos favor postar, Beijos a todas!!!

Apresentação slide Fundamentos e Didática da Matemática I

Apresentação Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica IV

Apresentação Trabalho Estudos da Sociedade na Educação Infantil

Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica I

sábado, 13 de agosto de 2011



           EQUIPE CONSTRUINDO SABERES

Estágio Supervisionado na Educação Infantil
Avaliação Subjetiva  – Etapas 1, 2, 3 e 4


Outubro/ 2009
                                          
                                           Alaíde Nascimento
                                           Ângela Maria Ferreira Nascimento
                                           Eliana Leal Oliveira
                                           Iarací da Paixão Freire de Lima
                                           Lucimeire Souza de Lima
                                           Maria Carolina Sampaio Modesto
                                           Patrícia Santos Melo de Assis
                                           Wancleide Santana de Oliveira
VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM VIRTUAL SUBJETIVA
                                CIRCUITO 8


Etapa 1 – Tema: Conhecendo Experiências Vividas por Professores


Os dois relatos que vamos apresentar são experiências vivenciadas e compartilhadas com professores e crianças da educação infantil de duas Escolas Municipais, uma de São Paulo e outra de São Luís do Maranhão.

1º - Relato

Os desenhos das crianças: análise, interpretação e ateliê de pintura
Por: Juliana Motta, professora de Educação Infantil da Escola Municipal Inês dos Ramos em  São Paulo
Escolhemos a Educação Artística e a produção de desenhos infantis, porque são formas de conhecimento humano, traduzem maneiras de expressão e comunicação e, por isso, devem ser ensinadas e aprendidas na Educação Infantil, considerando que ao trabalhar com artes visuais, estamos tratando de uma linguagem, que necessita de ações intencionais do professor na criação
de situações problemas para que as crianças busquem soluções particulares para as questões propostas.

Ao lado do fazer, acontecem as atividades que procuram ampliar o repertório de imagens visuais, através da apreciação de trabalhos de outras crianças e de obras de artistas consagrados, onde as crianças são constantemente estimuladas a pensar, inventar e manifestar sem bloqueio seus sentimentos, aprimorando sua linguagem e capacidade de concentração.
As atividades de artes visuais são cotidianas nas escolas, e são usadas de forma bem simples pelas educadoras como: rabiscar e desenhar, sendo feitos com os materiais mais diversos para novas experiências que estimulem o desejo da criança em expor as idéias que estão na cabeça. As educadoras incentivam seus alunos a utilizarem os desenhos, a pintura, a modelagem e outras formas de expressão plástica para que sejam capazes de representar, expressar-se e comunicar-se. Pelo menos duas vezes por dia, as crianças participam de atividades envolvendo esse conteúdo. São propostas onde o fazer artístico da criança que dá seus primeiros passos é estimulado, ao mesmo tempo em que se inicia um aprendizado sobre os instrumentos e condições para a produção em Arte.  . O objetivo da atividade é fazer com que a criança conheça a vida do artista e sua obra para analisá-la e recriá-la a seu modo e em contra partida aproveitar a produção das crianças como um poderoso meio de comunicação e interação entre crianças e adultos, educando e educadores, pais e filhos.

O momento do “desenho livre”, que muitas vezes é visto como sendo uma desculpa para não fazer nada, deve ser aproveitado como um momento de pesquisa e compreensão. Pode ser um meio para observar o processo no qual a criança está se construindo, em que o resultado de sua relação com o meio interfere no seu desenvolvimento.
A partir do momento em que a criança consegue segurar ou ter contato com instrumentos apropriados para produzir o desenho (pincel, tinta etc.), pode ser oferecida a ela tal estimulação para esse propósito, dando-lhe oportunidade de expressão.
Desenhar, então, constitui-se numa experiência de aprendizagem que, quando bem desenvolvida na Educação Infantil, concorrerá para que a criança desenvolva potencialidades físicas, sociais, culturais, cognitivas da melhor maneira possível.
Compreendemos aqui a Educação Infantil como uma etapa do trabalho docente a favor da formação do ser, provido de grande riqueza cultural própria da sua infância; entendemos essa educação como espaço que favorece a transformação do contexto social da criança.

                                         
                                           



2º - Relato
Por: Silvanete Pereira Lima, professora do 1º ano da Escola Municipal Roseana Sarney em  São Luiz, Maranhão
Fábrica de tintas e pincéis
Fabricar materiais em sala aponta possibilidades artísticas e ajuda a garotada a descobrir diferentes formas de criar as próprias pinturas. A sala de aula pode ser palco de um processo semelhante, que se estende por todo o Ensino Fundamental. Desenvolver esse tipo de atividade com a classe permite explorar inúmeras formas de fazer arte. “É experimentando que o artista descobre cada vez mais ferramentas, suporte e procedimentos. Na escola, contemplar essa variação amplia o leque de possibilidades expressivas do aluno”.
Para a professora Silvanete, o trabalho começa antes mesmo de se propor atividade aos alunos, pois apresentar os exemplos que havia pesquisado é importante para investigar materiais variados e dedicar especial atenção aos recursos naturais próximos à escola que podem servir de base para as ferramentas. Em seguida, é o momento de convidar toda a turma para embarcar na exploração. Ao apresentar os exemplos que havia pesquisado, a professora sugeriu algumas idéias e deixou que a turma soltasse a imaginação e criasse uma lista com materiais que poderiam ser usados na confecção das ferramentas (gravetos, cabos de vassoura, bambus, canos, escovas de dente, palitos de sorvetes e de churrasco, pelas espumas, buchas, penas, barbantes, linha ou fita adesiva, entre outros). No levantamento de matérias-primas para tintas, a mesma avalanche de sugestões: areia colorida, argila, borra de café, açaí, carvão, giz, cenoura, beterraba e espinafre.  Durante a coleta de materiais, a professora chama a atenção dos alunos para espécies de plantas venenosas ou que causem alergias, deixando-as fora da atividade e orientando às crianças a não arrancar folhas e flores, mas coletá-las do chão.


“O ato de fabricar ferramentas é por si só, conteúdo curricular.” É preciso ter em mente que a fabricação de pincéis e tintas, não é mera preparação para a aula, a atividade já é um conteúdo, pois o aspecto final da obra depende da forma e da qualidade das ferramentas”, explica a professora Silvanete e ela  pôde avaliar e pontuar o processo com questões relativas ao produto final: Propondo  a fabricação dos pincéis, introduzindo questões que relacionem a forma com a função do instrumento: Que tipo de pincel produz pinceladas finas? E grossas? O que usaríamos para pintar uma parede? Que tipo de pincel é melhor para pintar uma folha sobre a mesa? Que tipo de pincelada o pelo escolhido para o pincel vai produzir? O que acontece se eu usar mais ou menos pigmento na tinta? E com isso incentiva os alunos a montar quantos modelos desejarem e a usar a criatividade tanto na fabricação como na decoração das ferramentas - que pode ser feita com fita adesiva colorida.
Esse tipo de indagação faz todo sentido, pois a ferramenta é um artefato com forma e função. A fabricação não deve ser entendida como uma linha de produção, mas como um processo de desenvolvimento de estratégias artísticas pessoais.
“A turma da creche e da pré-escola viu isso na prática. Entre a diversidade de pincéis criados – com mato, pedaço de flores ou enfeites de durex colorido – uma das crianças escolheu um modelo com folha de árvore bem grande e surpreendeu-se com o efeito.” Ela notou que bastava uma pincelada para cobrir uma folha inteira de papel...  Por isso acabou precisando encontrar um suporte maior para pintar “diz a professora Silvanete.
O tema dessas serie de produções é bastante variável, pode ser livre, de observação, de imaginação. O que será feito com os materiais é um novo conteúdo e estimulará o debate sobre o que essa ferramenta pode ajudar a produzir. É ainda uma boa hora para testar suportes diferentes para a pintura, como mesa, parede e chão. A professora Silvanete optou pelo tema livre, do qual saíram cores, texturas e formas surpreendentes. Em todos os casos, o resultado é sempre diverso daquele em que são usados materiais convencionais, pois introduz não apenas ferramentas, mas também novos jeitos de pintar e pensar Arte.
Paralelo entre os relatos apresentados acima
Em ambos os relatos, o resultado é sempre diverso, pois introduz não apenas ferramentas diferentes, mas também novos jeitos de pintar e pensar a arte, pois a criança, quando desenha, expressa seu modo de olhar, ver e se exercitar no mundo e com o mundo, atribuindo-lhe significados, fazendo uma comparação do seu próprio eu com sua experiência pessoal, refletindo sentimento, capacidade intelectual, desenvolvimento físico, enfim, sua própria evolução social como indivíduo, ser sócio-histórico.
Esse é um contexto de trabalho muito gratificante, pois permite lidar com um amálgama de saberes e fazeres balizados num embate que se dá a partir de uma proposta a ser recriada e trabalhada em sala com as crianças. As questões dos professores tratavam de como fazer, preocupações que poderíamos chamar de práticas, mas que, de forma alguma, é irrelevante. Numa sala pequena ou grande é preciso pensar em como organizar espacialmente o grupo para o trabalho, é preciso pensar em como separar o material, garantir a circulação, essas não são questões menores no fazer e comprometem toda uma concepção de artes visuais.
Os desenhos das crianças permitem-nos incrementar consideravelmente nossos dados sobre o seu temperamento, caráter, personalidade e necessidades, pois sem perceber, no momento de desenhar a criança transporta para o papel seu estado anímico em todos os detalhes.
               Para os pais garatujas: para os pais rabiscos; para as crianças diversão.
Etapa 2 – Tema: Conhecendo a Rotina na Educação Infantil

A importância da Rotina para a criança

A rotina é fundamental, principalmente na vida da criança. Desde o seu nascimento, devem-se estabelecer horários determinados, principalmente no que se refere à alimentação, higiene (banho) e sono.
Na medida em que a criança cresce, suas responsabilidades e atividades também tendem a aumentar. E fica ainda mais necessário o estabelecimento e a manutenção da rotina.
A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar á criança sentimentos de estabilidade e segurança, pois ensina à criança a noção da passagem do tempo e o que é esperado acontecer em cada altura do dia.
Ela norteia, organiza e orienta o grupo no espaço escolar, diminuindo a ansiedade a respeito do que é imprevisível ou desconhecido e otimizando o tempo disponível do grupo. É  um exercício disciplinar a construção da rotina do grupo, que envolve prioridades, opções, adequações às necessidades e dosagem das atividades.
A rotina acontece, diariamente, em todas as classes de Educação Infantil, com a intenção de ser uma introdução, uma apresentação do trabalho a ser feito para situar o grupo, além de um momento de intimidade e acolhimento aos componentes do grupo.
A rotina pedagógica de uma sala de aula na Educação Infantil deve seguir um ritual, que dê subsídios à criança para prever a seqüência de trabalho, como:
*      Sentar-se na roda para cantar as músicas de "bom-dia" ou "boa-tarde";
*      Nomear os colegas presentes e notar os ausentes;
*      Observar o tempo;
*      Escolher o "chefe do dia";
*      Conversar sobre algum acontecimento na escola, ou fora dela, e elencar as atividades do dia, ilustradas com os cartazes da rotina feitos pelas crianças da classe.
A rotina não deve ser vista como sendo rígida e estática, mas também com mobilidade,  quando necessário.
Quando for necessária a mudança desta rotina é importante que a criança seja informada, desde que não seja com grande antecedência, para não gerar expectativas, já que a criança pequena não possui noção de tempo pré-estabelecido, igual ao adulto. O ideal é, ao acordar, rever a rotina daquele dia.
Se o professor tiver em mãos uma rotina com atividades planejadas e pensadas em função das crianças, o espaço físico tende a ser organizado para que isso se concretize.
Se possível elaborar um quadro de rotina  com suas atividades como:
ü  Hora da roda de conversa
ü  Hora da Arte Plásticas
ü  Hora da História
ü  Hora da brincadeira
ü  Hora do lanche\ higiene
ü  Atividades Físicas\ parques
ü  Atividade Extraclasse ( interação com a comunidade )

Baseado em sua prática pedagógica, cada professor pode refletir e planejar a rotina mais pertinente para o grupo.
A rotina bem estabelecida gera organização e segurança.
É´ importante frisar que, uma boa organização espacial e uma rotina significativa, planejada e pensada de acordo com as necessidades das crianças favorecem, ainda, o processo de socialização e autonomia.




Etapa 3                                (1º Relato)

Tema: Compartilhando Experiências Vividas
Por: Iaraci da Paixão F. Lima, professora de Educação Infantil

     Em sala de aula na Escola Centro de Educação El”Shadday em 2008, com 21  crianças de 3 e 4 anos onde,  muitas ainda não tinham  estado em uma sala de aula. Comecei com um planejamento diversificado com um roteiro incluindo poesia, pintura a  lápis e dedo, movimento para integração entre eles. Tomando por referência um trabalho que envolvesse a realidade e os conhecimentos infantis que eram poucos, em se tratando de conhecimentos específicos.
     Para ampliá-los usei situações de ensino com significado concreto para a aquisição dos novos conhecimentos, incluindo a interação e a brincadeira.
     Pesquisei e fiz seleção de algumas gravuras de animais selvagens e domésticos ( as crianças têm convívio de perto com os domésticos), a escola era na zona rural. No primeiro dia, seguindo  roteiro, mostrei as gravuras dos animais,  primeiro foi a de um  macaco, depois uma galinha, um gato, um urso,  um pato, um cachorro, um pássaro, um leão,  uma tartaruga e muitos outros, e elas reagiram com muita curiosidade sobre os animais selvagens e felizes em identificarem , com facilidade , os domésticos. Na roda de conversa fiz a leitura oral das gravuras com questionamentos:

*     Você conhece algum desses animais? (cada um teve sua hora de responder) De onde? Como?

*     E o que eles comem? Você sabe?

*     Como eles se movimentam?

*     Você sabe como é esse movimento? (todos queriam falar ao mesmo tempo, acalmei a turma e disse que depois todos iriam mostrar como era esse movimento)


Em seguida li o poema: Brincar de andar, de Gil de Oliveira

Brincar de andar

Quem sabia andar, que nem cachorrinho?
E que nem cabritinho, quem sabe?
Vem vindo o Totó, abanando o rabinho.
Vai vindo o Merino, fazer cocô redondinho.
Quem sabe andar, que nem pulga?
E que nem tartaruga, quem sabe andar?
Lá vem a pulga de Totó, pulando com uma perna só.
Lá vai a tartaruga, com a roupa cheia de ruga.
E que nem centopéia?
Quando a centopéia anda, faz cócegas nas costas da terra.
E que nem bebê? Você lembra?
Então ande pra vê!
                                                                              

     Li mais uma vez, em seguida, levei a turma para o pátio da escola. Reli o poema bem pausadamente, com entonação, esperando em cada estrofe a imitação dos movimentos, e todas as crianças participaram da brincadeira. Depois da recreação voltamos para a sala e escrevi o nome “cachorro” bem grande no quadro, entreguei, para cada aluno, uma atividade mimeografada, com o desenho incompleto de um cachorro e solicitei que os alunos completassem o que faltava: olhos, rabo e orelhas. Em seguida, dei a cada aluno um pedaço de cordão e cola branca e os orientei a formar a letra C, chamando a atenção, de cada aluno, para que associasse a letra C, à primeira letra da palavra “cachorro”. Trabalhei esta palavra durante uma semana, pois para cada dia usei uma letra.
     Na semana seguinte a foi a vez da galinha (cantamos a música A galinha magricela), todos imitaram o andar e o som emitido pala galinha e também repeti o processo de formação das letras que formam a palavra galinha (só que, ao invés de usar cordão e cola branca, orientei os alunos a desenharem com o dedo e tinta guache, as letras da palavra “galinha”).
     Na conversa informal foi discutido o alimento, o nascimento, a moradia e perguntei quantos ovos eles achavam que uma galinha põe por dia. Aproveitei o momento e dei aos alunos massa de modelar e sugeri que fizessem a galinha e a quantidade de ovos que eles achavam que a galinha põe por dia, dessa maneira, pude trabalhar um pouco de matemática (apresentando alguns números para as crianças).
     Em outro momento, após o intervalo, distribuir uma tarefinha com várias letras do alfabeto e alguns números, onde o aluno iria circular, de azul, a primeira letra da palavra galinha, de vermelho a primeira letra do nome dele (nome do aluno) e de verde todos os números, trabalhando  também, as cores. Logo depois sugerir que escrevessem sozinho, o próprio nome.
No dia seguinte entreguei folhas de revistas com fotos de animais para que eles fizessem pesquisa de imagens e de palavras que começassem com a letra G, para recortar e colar.
     Ao final da semana os alunos já demonstravam controle e conhecimento de algumas letras e números. Como o resultado estava sendo positivo, aproveitei o entusiasmo da turma e decidi continuar com uma arara, uma baleia, um elefante, uma girafa... E através dos animais, poemas, histórias e músicas, conseguir, ao final do ano letivo, estar com uma turma que conhecia todo o alfabeto, os números (de 0 a 10) e até formavam algumas pequenas frases.



Etapa 3                                (2º Relato)
Tema: Compartilhando Experiências Vividas
Por: Rita Gomes, professora de Educação Infantil
Pesquisa de Campo

Durante 22 anos fui professora da extinta Escola Teresa de Lisieux, situada na Avenida Antonio Carlos Magalhães, s/n Salvador - BA. Nesta escola o Construtivismo acompanhava a tendência tradicional desde muito antes de 1990. E as pesquisas de campo eram frequentes.

Uma das pesquisas de campo que mais marcou meu aprendizado foi a visita à cidade de São Gonçalo dos Campos, aqui mesmo na Bahia. Essa visita surgiu a partir dos estudos realizados em sala de aula com os alunos das sete turmas de segundas séries, no ano de 1992 quando estudávamos cidades rurais e urbanas. Com a intenção de comparar uma cidade interiorana à cidade de Salvador, planejamos a visita a São Gonçalo dos Campos, por se tratar de uma cidade rural e conservada em sua estrutura, pois a cidade caracterizava-se, principalmente, pelo seu aspecto antigo.

Primeiramente lançamos a idéia aos alunos, que  aceitaram e entenderam que neste passeio não haveria atrações divertidas (piscina, parque,etc.) eles iriam apenas pesquisar e entrevistar. Após a aceitação dos alunos, entramos em contato com a câmara de vereadores da cidade escolhida e marcamos a visita.

Dia marcado, saímos acompanhados de professores, coordenadora, orientadoras e auxiliares.

Quando chegamos, fomos recebidos na escola  Polivalente de São Gonçalo dos Campos. Assim que chegamos os alunos fizeram um lanche com frutas e suco, oferecidos pela prefeitura. Saímos em direção a Câmara de vereadores, onde os alunos entrevistaram alguns vereadores, visitaram o mercado, a farmácia, que por sinal ainda era estilo antigo, todos os móveis em jacarandá, visitaram a rádio local. Voltaram à escola onde almoçaram, não tenho bem lembrança do que foi servido para o almoço, mas lembro que comi bastante rapadura.

Após o almoço saímos em direção ao coreto (que só tinha atração aos domingos) e a igreja católica, as crianças anotavam sua vivências na atividade orientada que levavam com eles.

Durante a visita as crianças entregavam bonés e chaveiros com o emblema da Escola Teresa de Lisieux.

Foi um passeio maravilhoso! As crianças puderam perceber que numa cidade pequena  todos se conhecem, todos cuidam das praças e jardins e que tudo fica perto. Voltamos satisfeitos com esta atividade prazerosa.

Para concluir nosso trabalho, fizemos uma exposição de fotos e durante a “culminância”-eram comuns no final de Unidade, os alunos relatavam oralmente e através de redações suas vivências para outro grupo da escola- puderam  trocar informações.

OBS. Segue em anexo algumas fotos  da visita à cidade.( Infelizmente as fotos não eram digitais).

                                                         

 Etapa 4 – Tema: Compartilhando Experiências Vividas

Salvador-Bahia, UP- Pituba - Circuito 08
                                                                                       05 de Outubro de 2009.

Prezada professora,

A Educação Infantil tem uma grande relevância para a formação do sujeito, principalmente nos tempos atuais onde a globalização se insinua com tanta força. Para que possamos desenvolver este sujeito integralmente e que este possa  ser atuante numa sociedade que desponta, novas maneiras de ensiná-lo emergem. Uma das questões que desponta com muita intensidade é como formar este cidadão. Não podemos mais usar antigas “fórmulas” de ensino, na realidade, a grande pergunta é: Como ensinar conceitos seculares de uma maneira não tradicional?
È com esse objetivo de oferecer informações e sugestões que possam auxiliá-la na atuação pedagógica em sala de aula favorecendo o desenvolvimento do trabalho infantil e buscando promover atividades mais significativas, que venho por meio desta, sugerir  que se trabalhe a interdisciplinaridade como opção de atuação, advirto, porém, que a interdisciplinaridade não é um método, mas antes de tudo, é uma questão de atitude frente ao conhecimento, frente a vida e à sociedade.
Trabalhar a interdisciplinaridade com vários conteúdos através da música, poema e artes, é unir a interação, o fazer e o prazer.
Oriento-lhes que Inicie o trabalho com ilustrações diversas para enriquecer a percepção visual, além de pinturas com tinta guache, massa de modelar para dar sensação de volume e desenvolver a psicomotricidade.
Trabalhar com colagem também é interessante, pois transmite a criança o aspecto lúdico do desenho, ao brincarem projetadas para auxiliar nas construções conceituais, os alunos  elaboram novas formas de conhecimentos, desenvolvendo as coordenações sensório-motoras, pré-operatórias e operatório-concretas por meio da valorização e do fazer.
Com os registros, a criança vai progressivamente para uma compreensão maior do que realiza, interagindo com objetos de reconhecimentos usados durante as aulas e oportunidade para que possam expor suas idéias caracterizando a atividade construtiva. Priorize o entendimento, construindo assim a assimilação e dirigindo o raciocínio para a obtenção de outros resultados.
Você deve trabalhar sempre respeitando as respostas construídas, encaminhando os questionamentos gradativamente com o intuito de elas tomarem consciência de suas contradições, convertendo-as em conquistas reais. Use músicas, poemas de diferentes gêneros enriquecendo assim as aulas e tornando-as mais dinâmicas, oferecendo condições para uma brincadeira prazerosa na construção do conhecimento vivenciando o afeto profundo do valor como meio expressivo e divertido para todos.
Ler poesia, colocar uma música com o conteúdo que se pretende trabalhar,  ter uma conversa informal com os alunos a respeito do que se trata e chamar a atenção para as rimas entre as palavras, reescrever no quadro a letra para  que as crianças identifique as rimas, fazer a reescrita coletiva do texto numa nova versão e a  criação de novas rimas combinando até com os nomes dos alunos, permitirá que eles, segundo as suas hipóteses de escrita, criem  novas estratégias de trabalho e evoluam em seu aprendizado.
Foi muito bom enviar-lhe essas sugestões, aplicadas em sala de aula com resultados animadores e com desenvolvimento significativo das crianças que estimuladas cresciam a cada dia no seu cognitivo. Um trabalho intenso e gratificante, que nos estimula a inovar e diversificar cada vez mais.
Muito Sucesso e um forte abraço!
                                                                                Equipe Construindo Saberes




Referências Bibliográficas:
        

Etapa 1- Relatos:
Chiovatto, Milene- O Professor Mediador - Artigo extraído do BOLETIM Número 24 de Outubro/Novembro 2000 Arte na Escola
Barbosa, Ana Mae – Texto de fundamentação para o canal Futura – Toda beleza
Revista Nova Escola- Edição Novembro de 1999.
Endereço Eletrônico:
http://www.ensino.net/novaescola/127_nov99/html/edartistica.htm
Freire, Madalena. Rotina e Construção do Tempo na Relação Pedagógica. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1992 (Série Cadernos de Reflexão)

Etapa 2- A Rotina na Educação Infantil:
Revista Científica Eletrônica de Pedagogia Ano V – Número 10 – Julho de 2007 – Periódicos Semestral
Endereço Eletrônico visitado em 04 de Outubro de 2009 - http://www.revista.inf.br/pedagogia10/pages/artigos/edic10-anov-art02.pdf
Barbosa, Silveira Maria Carmen - Por Amor e Por força: Rotinas na Educação Infantil- Ano 2006 Edição 1 Editora Artmed.
Fontes das Imagens:
www.google.com.br\imagens








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