FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS - EAD
5º Período/ Dezembro de 2009
Alaíde Nascimento
Ângela Maria Ferreira Nascimento
Eliana Leal Oliveira
Iarací da Paixão Freire de Lima
Lucimeire Souza de Lima
Maria Carolina Sampaio Modesto
Patrícia Santos Melo de Assis
Wancleide Santana de Oliveira
EQUIPE CONSTRUINDO SABERES
Atividade Orientada Etapa 3
Produção de Texto:
O professor que tivemos X O professor que queremos ser
O Professor que tivemos
Revisitando os tempos dos nossos primeiros contatos com a atividade escolar, mais do que recordar de um professor ou de professores em particular, do que mais recordamos foi do caráter repressivo que o ensino tinha naquela época, não conseguindo os professores, mesmo os mais sensíveis e humanos, libertar-se do estigma que, forçosamente, se refletia de forma negativa no quotidiano dos alunos.
Na época que freqüentávamos a escola, o conhecimento que tínhamos da matemática era algo totalmente limitado, a matéria era concebida como instrumento meramente quantitativo, numérico e decorativo; os assuntos eram apresentados sem muitos recursos didáticos, de forma desassociada e sem nenhum vinculo interdisciplinar ou com a realidade dos alunos. O objetivo da matemática era reproduzir um conhecimento transmitido pelos professores, sem qualquer tipo de interferência por parte dos alunos. Para nós, os alunos só competiam decorar a tabuada e memorizar operações algébricas, atividades meramente mecanizadas e descontextualizadas; o objetivo dos alunos era exclusivamente, garanti a aprovação nas avaliações, que geralmente eram objetivas. O professor era autoritário, conhecedor e dono da verdade. Com um único caminho a ser trilhado sempre ele que definia, cheios de teoria e prática, nenhuma. Seguidor de padrão com esquemas, definições, exemplos e exercícios resolvidos, monótonos e repetitivos. Passando para os alunos que a Matemática era o conhecimento abstrato, acabado, único e verdadeiro. E a construção é que devia ser assimilado sem questionamentos e que nada se podia acrescentar ou retirar, privilegiando a decoreba, a força e o pavor.
Rejeitavam a criatividade e não estimulavam o imaginário infantil e coletivo e nem apoiava nada do que fosse criativo ou diferente. Tudo se regia pela norma, pela regra.
O Professor que queremos ser
Ser um professor no nosso ponto de vista não é simplesmente dominar a disciplina que será exposta aos alunos numa sala de aula, é vibrar com a matéria, conhecer bem o que vamos ensinar, ter um bom relacionamento com os alunos para entender os problemas deles e dar a esses alunos a oportunidade de descobrirem as coisas por si mesmos.
Ser professor é influenciar apaixonadamente o aluno, fazê-lo entrar num mundo diferente, fazê-lo perceber as coisas de uma maneira diferente, fazê-lo te olhar e perceber que você como professor vive o que ensina de maneira diferente e que isso realmente faz a diferença.
Ser professor como diz Paulo Freire é ser em primeira instância educador.
Ser educador nos tempos de hoje requer perícia, paixão e acima de tudo dedicação. Dedicação em ensinar não só a disciplina, mas ensinar a viver, ensinar a viver como não se ensina na sala de aula, ensinar a “ser” em primeiro lugar, ensinar a respeitar, ensinar a ter limites.
Para sermos um bom professor de matemática precisamos estar de bem com vida, humano, feliz, idealista, capaz de dar o sentido a vida e ao que fazemos.
Que tenhamos compromisso com os valores, como a ética, a sensibilidade, a cidadania, a solidariedade, a verdade, o respeito e o bom senso.
Que a nossa preocupação seja formar seres humanos capazes e seguros voltados para os desafios da sociedade.
Desejamos ser um agente da revolução do conhecimento onde pretendemos desenvolver conceitos, idéias, a investigação, a pesquisa e o questionamento. Levantar hipótese, produzir e fazer produzir o conhecimento; promover relações interdisciplinares, políticas e afetivas.
Fazer pensar e procurar soluções alternativas. Por mais que seja utópico, o que queremos na realidade é sermos felizes e tornar os outros felizes através da nossa profissão de ensinar “a aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser”.
Dez mandamentos para o professor de matemática
1. Tenha interesse por sua matéria.
2. Conheça sua matéria.
3. Procure ler o semblante dos seus alunos; procure enxergar suas expectativas e suas dificuldades; ponha-se no lugar deles.
4. Compreenda que a melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la você mesmo.
5. Dê aos seus alunos, não apenas informação, mas Know-how, atitudes mentais, o hábito de trabalhos metódicos.
6. Faça-os aprender a dar palpites.
7. Faça-os a aprender a demonstrar.
8. Busque, no problema que está abordando, aspectos que possam ser úteis nos problemas que virão; procure descobrir o modelo geral que está por trás da presente situação concreta.
9. Não desvende o segredo de uma vez; deixe-os descobrir por si próprios, na medida do possível.
10. Sugira. Não os faça engolir à força
George Pólya
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais - 1a a 4a Séries. Brasília, MEC/SEF, 1997.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação: Otimização do Autoritarismo. Equívocos Teóricos na prática educacional, Rio de Janeiro, ABT, 1984.
SILVA, Elzamir G & TUNES, Elizabeth. Abolindo mocinhos e bandidos. O professor o ensinar e o aprender. Brasília. Editora Universidade de Brasília, 1999.
SOUSA, Clarilza Prado (org.) Avaliação do Rendimento escolar – 6ª Edição – Campinas, SP: Papirus, 1997 – Coleção Magistério: formação e trabalho pedagógico.
VAN DE WALLE, John- Matemática no Ensino Fundamental- formação de professores e aplicação em sala de aula, Editora Artmed, 6ª Edição
Com abelhas ou sem abelhas, os problemas interessantes da Matemática têm, para o pesquisador, a doçura do mel.
Ary Quintela
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