As cem linguagens da Criança

A criança é feita
A
criança tem cem linguagens
Cem mãos cem pensamentos
Cem maneiras de pensar
De brincar e de falar
Cem sempre cem
Maneiras de ouvir
De surpreender de amar
Cem alegrias para cantar e perceber
Cem mundos para descobrir
Cem mundos para inventar
Cem mundos para sonhar.
A
criança tem
Cem linguagens
(e mais cem, cem, cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Para compreender sem alegria
Para amar e para se admirar só no Natal e na Páscoa.
Dizem-lhe:
Para descobrir o mundo que já existe.
E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
Que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
A ciência e a imaginação
O céu e a terra, a razão e o sonho
São coisas que não estão bem juntas
Ou seja, dizem-lhe que os cem não existem.
E a
criança por sua vez repete: os cem existem!

Loris Malaguzzi (1996)

Educar é Tudo!

Olá Pessoal,

Estou postando alguns slides construídos e apresentados ao longo do curso. Os slides podem ser vistos a seguir, caso vocês tenham algum em seus arquivos favor postar, Beijos a todas!!!

Apresentação slide Fundamentos e Didática da Matemática I

Apresentação Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica IV

Apresentação Trabalho Estudos da Sociedade na Educação Infantil

Seminário Pesquisa e Prática Pedagógica I

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


A crítica de Illich.
Amigo e contemporâneo de Paulo Freire, o austríaco Ivan Illich, na década de 1970, fez uma critica a educação institucionalizada.
Em seu livro Sociedades sem escola, defendeu a idéia de que a escola impede o ser humano de desenvolver todo seu potencial.

Para ele, a escola fragmenta o saber e incentiva o consumismo e a reprodução das desigualdades.


Tentando contornar esta situação, propôs substituir as escolas por redes de comunicação e convivência, onde as pessoas pudessem trocar informações e experiências diretamente, através de uma rede de computadores, correios, anúncios de jornais, etc.

Illich pensou em quatro redes educacionais:

1. Serviços de consulta a objetos educacionais (bibliotecas, laboratórios, museus, teatros, etc).
2. Intercâmbio de habilidades (troca de conhecimentos entre as pessoas).
3. Encontro de colegas (formação de parcerias de pesquisa, comunidades de pessoas que interagem para buscar conhecimento).
4. Consulta a educadores (orientadores na busca pelo conhecimento).

Assim, Illich foi o precursor da internet e das redes sociais pensadas como ferramenta de troca de informações e do ensino a distância on-line.
No entanto, sua proposta nunca foi colocada integralmente em prática.


Concluindo.
A educação institucionalizada, a escola, possui muitos defeitos e vícios, muitos dos quais advindos do sistema capitalista e estrutura social; porém, o professor, em sala de aula pode contornar estas barreiras.
Cabe a cada professor realizar um trabalho de formiguinha, tornando-se um educador e agente multiplicador.
Sozinhos somos nada, somos fracos; juntos seremos tudo, seremos fortes e poderemos mudar o mundo através da educação.


Texto: Prof. Dr. Fábio Pestana Ramos.
Doutor em História Social pela FFCLH/USP.
Para saber mais sobre o assunto.
ADORNO, T. W. Textos Escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
ARANHA, M. L. A. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H. P. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2004.
AUGUSTA, N. F. B. Fragmentos de Uma Obra Inédita: Notas Biográficas. Brasília: UNB, 2001.
CHAUI, M. S. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 2004.
FILHO, L. M. Introdução ao Estudo da Escola Nova: Bases, Sistemas e Diretrizes da Pedagogia. Rio de Janeiro: Eduerj, 2002.
GUIRALDELLI JR, P. Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: Graphia, 1999.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
RODRIGUES, N. Elogio à Educação. São Paulo: Cortez, 2002.
SAVATER, F. O valor do educar. São Paulo: Martins Fontes, 1998.


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